A espécie não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Mato Grosso — nos municípios Juína, Matupá e Pontes e Lacerda —, e no estado do Mato Grosso do Sul — no município Corumbá.
Árvore, sem altura registrada, não é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). No Brasil, apresenta distribuição, no estado do Mato Grosso, municípios Juína, Matupá e Pontes e Lacerda e no estado do Mato Grosso do Sul, no município Corumbá. Ocorre no Cerrado e Pantanal, em Floresta Estacional Semidecidual (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Apresenta AOO= 20km² e quatro situações de ameaça. As pastagens cultivadas ocupam cerca de 26,5% do território e representam o principal uso do solo do Cerrado (Sano et al., 2008). Além dos impactos do gado sobre a vegetação nativa, a atividade pecuária historicamente está associada às queimadas realizadas para renovação da pastagem para o gado (Kolbek e Alves, 2008, Silva et al., 2015), as quais muitas vezes fogem de controle e tornam-se grandes incêndios (Verdi et al., 2015). Os municípios Corumbá (MS), Juína (MT), Matupá (MT) e Pontes e Lacerda (MT) possuem, respectivamente, 30,01% (1942073,6ha), 13,56% (355168,7ha), 28,37% (148082,5ha) e 36,69% (314338ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). Diante desse cenário e, por não apresentar registros em Unidades de Conservação, infere-se o declínio contínuo em extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade de habitat e situação de ameaça. Assim, Simira hexandra foi considerada Em Perigo (EN) de extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (censo e tendências populacionais e estudos de viabilidade populacional) e conservação (Planos de Ação e conservação in situ e ex situ) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção.
Descrita em: Mem. New York Bot. Gard. 23, 307, 1972.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming | habitat | past,present,future | national | very high |
A ocupação do Cerrado pela atividade pecuária se deu a partir da década de 1920, com a indústria de café em plena atividade. Mais tarde, com incentivos do governo federal, a atividade pecuária iniciou o processo de ocupação e conversão do Cerrado em pastagens (Klink e Moreira, 2002, Sano et al., 2008). Desde então, a pecuária passou a ocupar extensas áreas e estabeleceu-se como uma das principais atividades econômicas no país (Sano et al., 2008), recebendo cada vez mais subsídios governamentais, tais como, a criação do Conselho para o Desenvolvimento da Pecuária (Rachid et al., 2013). No início, a pecuária beneficiou-se de gramíneas nativas (Silva et al., 2015) e posteriormente o uso de tecnologias e a introdução de gramíneas exóticas para melhoramento das pastagens contribuíram para o sucesso da atividade no Cerrado (Ratter et al., 1997), sendo a região responsável por 41% do leite e 40% da carne bovina produzida no Brasil (Pereira et al., 2012). As pastagens cultivadas ocupam cerca de 26,5% do território e representam o principal uso do solo do Cerrado (Sano et al., 2008). Além dos impactos do gado sobre a vegetação nativa, a atividade pecuária historicamente está associada às queimadas realizadas para renovação da pastagem para o gado (Kolbek e Alves, 2008, Silva et al., 2015), as quais muitas vezes fogem de controle e tornam-se grandes incêndios (Verdi et al., 2015). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | low |
O município de Matupá (MT) possui 11,62% (60664ha) do seu território convertido em áreas de culturas agrícolas, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | high |
Os municípios Corumbá (MS), Juína (MT), Matupá (MT) e Pontes e Lacerda (MT) possuem, respectivamente, 30,01% (1942073,6ha), 13,56% (355168,7ha), 28,37% (148082,5ha) e 36,69% (314338ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 4.1 Roads & railroads | habitat | past,present,future | national | very high |
A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a perda de biodiversidade e degradação florestal no Pantanal (Joly et al., 2019). A implantação de estradas está promovendo um novo ciclo de pecuária no pantanal, a previsão da construção do corredor de produção pecuária pretende abrir uma rota rodoviária de 1000 km para integrar os municípios do Pantanal (Valentim, 2018, Minuto MT, 2019). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity | habitat,mature individuals | past,present,future | national | very high |
Em proporções não antes vistas nos últimos 47 anos, a região do pantanal mato-grossense sofre com queimadas que já fizeram arder 12% de sua extensão. O rastro de destruição afeta duramente o ecossistema da área (Veja, 2020). Em investigação, a Polícia Federal identificou que quase 25 mil hectares dos cerca de 815 mil do Pantanal já foram devastados pelo fogo em 2020. O fogo nesse caso seria para queima da mata nativa para fazer pasto (Morel, 2020). Dados consolidados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que os incêndios na região do Pantanal cresceram 210% em 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. A região registrou 14.489 focos de calor este ano, contra 4.660 em 2019. O fogo já destruiu uma área de 2,3 milhões de hectares no Pantanal — pouco mais que o território do Estado de Sergipe, ou quase quatro vezes a área do Distrito Federal (BBC, 2020). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre em Juína (MT), município da Amazônia Legal considerado prioritário para fiscalização, referido no Decreto Federal 6.321/2007 (BRASIL, 2007) e atualizado em 2018 pela Portaria MMA nº 428/18 (MMA, 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | needed |
A espécie não é conhecida em nenhuma unidade de conservação, mas claramente existe a necessidade de melhorar a proteção do habitat nos locais onde se sabe que ela ocorre. São necessárias pesquisas adicionais para determinar se esta espécie está ou não experimentando um declínio efetivo ou está passando por flutuações naturais da população. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |